Em um contexto em que a transformação tecnológica acelera seus ciclos e redefine a forma como as organizações operam, a Practia, em conjunto com a Suarez Battan & Associados, reuniu CHROs e CIOs de diversas indústrias para um encontro dedicado a repensar o futuro da liderança digital, do talento e da inteligência artificial rumo a 2026.
Em sua 6ª edição, o encontro impulsionado pela Practia, teve como foco central a apresentação dos resultados de uma pesquisa regional realizada com mais de 200 empresas, que permitiu abrir conversas sobre adoção tecnológica, prioridades estratégicas e o impacto real da IA na operação e na cultura organizacional.
Um CIO cada vez mais estratégico
Miguel Bilello, Business Advisor na Practia, destacou o papel crescente do líder tecnológico dentro do negócio:
“Hoje, na área de tecnologia, o CIO está na mesa de decisão, já que 64% dos CIOs respondem diretamente ao CEO ou Diretor Geral.”
Esse protagonismo também aparece na interface com o cliente. Segundo Bilello, “a experiência do cliente passa muito pela experiência digital, e 72% dos CIOs afirmam estar altamente envolvidos na entrega de valor ao cliente, além de 74% que estão altamente envolvidos na transformação”.
As prioridades estratégicas, ele afirma, estão concentradas em três eixos:
• contribuir para a transformação da empresa,
• otimizar a eficiência operacional,
• gerar inovação no negócio.
IA: entre o entusiasmo e os desafios de adoção
Um dos temas mais debatidos do encontro foi o momento atual da inteligência artificial. Bilello analisou onde a GenIA se encontra no Hype Cycle do Gartner e alertou que “ela está no pico das expectativas, muito próxima de cair no vale da desilusão. Sua institucionalização e adoção na região ainda é baixa: 65% das empresas estimam ter um nível de adoção entre 0 e 20%”.
Mesmo assim, a velocidade de evolução é evidente.
Juan Echagüe, Diretor de I+D na Practia, comentou:
“Hoje todo mundo fala sobre agentes. Gartner projeta que, enquanto em 2024 os agentes não tomavam decisões, até 2028 cerca de 15% das decisões serão tomadas por eles.”
Segundo ele, o grande desafio é realmente captar o valor:
“Estar prontos significa sermos capazes de capturar e sustentar o valor que a IA entrega. Ainda não chegamos nesse estágio. Mas, se o mundo parasse de investir em IA hoje, levaríamos 10 anos para aproveitar tudo o que já foi construído.”
Talento, cultura e o futuro do trabalho
A segunda parte do encontro abordou o impacto da IA na perspectiva do talento e da produtividade.
A inteligência artificial já está transformando o modo como trabalhamos: melhora processos existentes, habilita novas soluções e amplia as capacidades dos times. Hoje, 58% das empresas incorporam IA em seus processos de negócio, e os ganhos de produtividade associados ao uso de tecnologia chegam a 51%, um indicativo claro do impacto dessas ferramentas na rotina operacional.
Para Echagüe, imaginar o futuro exige expandir a visão:
“Se queremos entender o que vem a seguir, precisamos entender o que está acontecendo agora. Espera-se que a IA seja capaz de realizar qualquer tarefa — e é aí que está o maior desafio: fazer com que a cultura humana consiga trabalhar com máquinas que fazem qualquer coisa.”
Uma conversa essencial para preparar 2026
O encontro reforçou que a agenda tecnológica é inseparável da agenda de negócios e que a liderança digital se tornou um motor central de competitividade. IA, eficiência operacional, experiência do cliente e estratégia de talentos serão pilares decisivos para os próximos anos.
A Practia seguirá promovendo espaços de análise, pesquisa e diálogo regional, ajudando as organizações a antecipar tendências, tomar melhores decisões e capturar valor real em um cenário tecnológico em constante evolução.
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